sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fábrica da Ferrari

A FERRARI é um mito e não apenas uma máquina, ou um automóvel, é o objeto de desejo da maioria das pessoas. A comparação das máquinas construídas em Maranello com raras e exclusivas jóias não é exagero, tamanha sua exclusividade.

A história

O fundador da empresa o: Comendattori Enzo Anselmo Ferrari, nascido no dia 18 de fevereiro de 1898, na Itália, Enzo Ferrari queria ser cantor de ópera ou piloto de competição. Logo desistiu de ser cantor de ópera, por falta de voz e ouvido. Sobrou apenas a segunda opção. Em 1919 decidiu ser piloto e participou de uma prova (pela primeira vez) em Parma Bercetto, na qual obteve a quarta colocação (a prova foi vencida por Antonio Ascari, pai de Alberto Ascari, que futuramente iria morrer ao volante de uma FERRARI). Nos anos seguintes trabalhou para a Alfa Romeo como piloto de competição, ficando mais tarde responsável pela divisão de competição de automóvel. Em 1929 fez o que a história consagrou como seu grande golpe de mestre: criou a Scuderia Ferrari, a primeira equipe de automobilismo independente das fábricas, mas vinculada à Alfa Romeo. Em 1939, Enzo Ferrari deixou essa montadora italiana e passou a 2ª Guerra Mundial fabricando equipamentos agrícolas e até carros. O primeiro automóvel inteiramente construído por ele, feito durante o conflito, foi chamado de Modelo 815, isto porque, não podia colocar seu nome em nenhum carro, em decorrência do contrato que assinara com a Alfa Romeo.

Somente em 1946, após o fim do conflito e a queda do regime de Mussolini, ele construiu o primeiro carro com seu nome: a Ferrari 125S. E espantou o mundo por desenvolver em instalações precárias, mas com uma equipe competente e entusiasmada, um motor tão poderoso como o V12 que a equipava, algo muito avançado para a época. O modelo estreou com vitória no Grande Prêmio de Roma, disputado ao redor das Termas de Caracalla, em 25 de maio de 1947, pilotado por Franco Cortese. Desde então, a FERRARI obteve mais de cinco mil vitórias em provas automobilísticas. Em 1951 conseguia sua primeira vitória na Formula 1, no circuito de Silverstone com o piloto José Froilán González. E em 1956 a história da marca mudaria radicalmente. O piloto argentino Juan Manuel Fangio conquistaria o título mundial pilotando uma FERRARI. Em 1961 os tempos começaram a ficar difíceis para a FERRARI, depois de conflitos internos que levaram à saída de vários membros da direção. A montadora, mesmo assim, conseguiu alcançar um grande número de vitórias em competição e elevar o seu nome no cenário automobilístico.

Em 1969, com a empresa enfrentando diversos problemas econômicos, a FIAT comprou 50% de suas ações, garantindo assim que a FERRARI não se tornasse uma marca vulgarizada. O dia 14 de agosto de 1988 foi um dia negro para a marca, quando aos 90 anos, o Comendador Enzo deixava o mundo e a FERRARI, que fabricava e vendia automóveis esportivos apenas para cobrir os custos da equipe de Formula 1. Com o falecimento do comendador e a indicação de um antigo funcionário, o Sr. Luca Cordero di Montezemolo para assumir a responsabilidade de tornar a FERRARI uma empresa moderna e rentável, o que se viu foi uma verdadeira revolução na década de 90. Uma de suas primeiras ações foi contratar o francês Jean Todt para reestruturar a equipe de Formula 1, fazendo-a voltar aos tempos gloriosos. O resultado: a escuderia ressurgiu das cinzas em 1997, quando o piloto alemão Michael Schumacher conquistou o vice-campeonato pilotando o carro vermelho; e as vendas de automóveis cresceram como nunca visto antes. A história na F1 continuou levando vários títulos para a FERRARI, atualmente a escuderia está em fase de transição com o Alonso e o Massa..






Fábrica da FERRARI:

Abaixo temos uma descrição da visita realizada à fábrica da FERRARI, por Daniel Messeder, da Autosport.
.http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI172789-10142,00.html

O chão claro parece de um consultório médico, impressão reforçada pelos robôs de precisão cirúrgica que tomam conta do ambiente. Entre as máquinas, jardins bem-cuidados abrigam plantas e até pequenos arbustos. A temperatura e a umidade do ar são controladas.
O prédio da montagem é apenas um dos seis dedicados à fabricação dos supercarros no complexo industrial conhecido como cittadella Ferrari – uma pequena cidade realmente, com mais de 551 mil m2. E a marca ainda detém, desde 1977, as instalações da Carrozzeria Scaglietti, em Modena (cerca de 20 km de Maranello). Ela cuida da construção do monobloco, portas e capô das Ferraris, tudo em alumínio. São dois galpões: um para os carros de produção e outro para protótipos e séries especiais. Depois de prontas, as carrocerias seguem para Maranello, onde vão receber pintura, conjunto mecânico e acabamento.
 Inaugurada em 1947, a fábrica da Ferrari produziu cerca de 6 mil unidades em 2009, número vistoso para uma fabricante de superesportivos, mas irrisório perto de grandes montadoras. Para se ter uma ideia, a unidade da Fiat em Betim (MG) faz 3 mil carros num só dia, em três turnos.
Os 2.750 empregados trabalham muito satisfeitos, afinal, a Ferrari vem investindo na qualidade de vida na cittadella. Além de prédios modernos e bem iluminados, a fábrica dispõe de áreas de relaxamento e há mais de 100 bicicletas para facilitar o trânsito do pessoal. A avenida principal, não à toa chamada de Enzo Ferrari, atravessa praticamente todo o complexo, enquanto as ruas transversais recebem o nome de grandes pilotos que já vestiram as cores da Scuderia. Próximo da portaria, um prédio com formato curioso chama a atenção. É o famoso túnel de vento, lugar de desenvolvimento da aerodinâmica dos carros de rua e dos F1.
Outra preocupação da Ferrari é com o meio ambiente – e não somente ao diminuir as emissões de CO2 de seus carros. Com a instalação de painéis fotovoltaicos (que captam energia solar) no teto de alguns prédios, a marca tornou-se autossuficiente em energia neste ano. E o complexo ainda soma 165 mil m2 de área verde, com mais de 200 árvores plantadas só em 2008.












Fonte:
http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI172789-10142,00.html
http://www.mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/ferrari-o-mito.html
http://fottus.com/lugares/fabrica-da-ferrari/
http://www.ferrari.com/

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Resolução de Problemas - Problem Solving



 
Um pensamento criativo voltado para resolução de problemas é uma das características chave da Toyota, que utiliza como slogan Yoi shina, yoi kanga, que significa bom pensamento, bons produtos.
      Trabalhar na resolução de problemas, requer as habilidades de  um investigador e a de fazer experimentações científicas além de ser uma grande oportunidade de descobrir coisas novas a serem melhoradas. No livro, O Gerente Lean, um mestre de Lean tinha o conhecimento da causa raiz de um problema mas não comentou com a equipe, desta forma ocorreu o desenvolvimento da equipe para achar a causa raiz do problema e consequentemente a sua solução. A alta adminstaração, deverá dar o apoio abrangente para esta prática que deve ser disseminada para todos, principalmente para as equipes do chão-de-fábrica.   

Entendendo um problema

Gráfico de análise do processo

         As variações (D) nos processos ocorrem por diversos fatores, o que temos que fazer é manter essas variações  controladas através de ações consistentes para estabelecer o nível de padrão (S) desejado.

           No livro O Modelo Toyota, Manual de Aplicação de J. Liker, propõem uma análise em oito passos conforme os princípios da Toyota:


1- A análise não deve ser obscurecida por idéias preconcebidas das causas do problema, isso impossibilitará uma análise proveitosa e é muito provável que conduza a maus resultados;
2- Siga sempre o princípio do genchi genbutsu para verificar a fonte do problema, não dependa de terceiros , nem de dados para descobrir a causa. Use as informações para que elas lhe apontem a localização de onde ir e ver. A causa deve observada em primeira mão;
3- A análise segue até que se esteja certo de que as verdadeiras causas, ou raízes do problema foram descobertas, uma ferramenta muita eficaz é o uso dos cinco porquês;
4- A utilização da espinha-de-peixe auxilia para as diversas possíveis causas para os problemas, podendo aplicar os 4M ou 6M (materiais, máquinas, método, meio, mão-de-obra, materiais);
5- Como há diversas causas possíveis, é necessário se limitar-se às mais significantes, a limitação permite a concentração dos esforços para gerar melhores resultados podendo ser utilizada a metodologia GUT (Gravidade, Urgência, Tendência);
6- Durante a análise , a meta é identificar causas que possam ser corrigidas pelo solucionador do problema, evitando a tendência de delegar o problema a terceiros, esta prática auxilia na famosa pergunta: o que podemos fazer? 
7- Uma análise meticulosa e completa gerará causas que claramente indicarão medidas corretivas específicas. Existe um caminho que vai do problema à causas e às soluçõe;
8-A análise meticulosa e completa proporciona dados factuais, possibilitando a previsão precisa de resultados potenciais quando as causas são corretas. A determinação do resultado exato é parte importante do processo, uma vez que força a avaliação da capacitação e da eficácia no exame de um problema.

 Algumas recomendações adicionais:

9- Para a análise da causa raiz de um problema, vários departamentos devem estar envolvidos e principalmente a equipe que executa a atividade;
10- Um controle efetivo da solução do problema deve ser feito, gráficos de controles e principalmente uma avaliação dos impactos que podem gerar no processo;
11- Utilizar todas as ferramentas para análises dos problemas (sete ferramentas classicas da qualidade), colocar flip charts no local do problema e fazer uma análise no gemba (no local).


 

Método de Resolução de Problemas

 
Uma forma de apresentação visual do método é através do formulário A3, apresentado anteriormente no blog, segue o endereço da página:



Fonte:Modelo Toyota, Manual de Aplicação. Jeffrey K. Liker