domingo, 24 de junho de 2012

Rio +20





Resumindo em poucas palavras os pontos positivos e os pontos negativos na  Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que terminou na sexta-feira dia 22 de junho.

Pontos Positivos:




 Compromisso socioambiental Não existe desenvolvimento sustentável sem um esforço para a erradicação da pobreza e a proteção ambiental. Esta talvez seja a afirmação mais importante do documento "O Futuro que Queremos". Introduz um novo aspecto, a preocupação com a miséria, numa discussão que anteriormente tinha uma dimensão mais econômica

Novos padrões de produção e consumo O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020. O texto, porém, é vago em definir metas.

Além do PIB O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020. O texto, porém, é vago em definir metas.

Objetivos do Desenvolvimento Susténtável Em 2015, acaba o prazo fixado pelas dez "Metas do Milênio" propostas pela ONU para promover desenvolvimento ao redor do mundo. Na Rio+20, os países concordaram em adotar, a partir de então, novas metas globais para governos progredirem em indicadores sociais, ambientais e econômicos; serão os ODS.

Participação da sociedade Seja dentro da própria conferência oficial, seja na Cúpula dos Povos, houve ampla participação da sociedade civil nas discussões sobre "O Futuro que Queremos". A série de Diálogos foi considera pela presidente Dilma Rousseff uma iniciativa inovadora, ainda que as propostas que saíram dos encontros fosse muito vaga.


Pontos Negativos:



Problemas de estrutura Delegados reclamaram de diversos problemas estruturais da Rio+20. Para chegar ao Riocentro, sede da conferência, perdia-se de 60 a 90 minutos de ônibus. Preços altos assustaram os estrangeiros, que também relataram muitas dificuldades de comunicação com brasileiros por causa da língua.

Ausência de líderes A expectativa de que a Rio+20 não apresentaria resultados fortes acabou por esvaziá-la. Os principais líderes mundiais, incluindo os chefes de Estado e governo dos EUA, China, Rússia e da União Europeia, não vieram ao Rio. No dia da conclusão da conferência, a chanceler Angela Merkel apareceu comemorando a vitória da Alemanha sobre a Grécia na Eurocopa.

Direito das mulheres Assegurada em outras documentos da ONU, a menção ao direitos reprodutivos das mulheres foi excluída da Rio+20 por pressão do Vaticano. Trata-se de um retrocesso significativa na luta das mulheres. A presidente Dilma Rousseff foi cobrada por feministas a respeito deste ponto.

Financiamento De todos os espinhos da negociação, este era um dos mais importantes. A criação de um fundo de US$ 30 bilhões, destinado a financiar o desenvolvimento sustentável, foi rejeitado pelos países ricos e ficou de fora do documento final.

Falta de ambição Há unanimidade quanto a esta crítica, seja de governantes, seja de ONGs. O Brasil, no comando das negociações, privilegiou o acordo, expurgando do texto os aspectos mais polêmicos, o que resultou numa declaração aquém das expectativas.

Fonte:

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mercedes-Benz - Juiz de Fora MG



Em Juiz de Fora (MG) a Mercedes-Benz instalou sua primeira fábrica de automóveis de passeios fora da Alemanha, atualmente a fábrica recebeu investimentos e está realizando a montagem de caminhões Actros e Accelo.
A Mercedes, está se consolidando na América Latina como uma das maiores fabricantes de caminhões, chassis de ônibus e veículos comerciais leve.
A nova linha de montagem se destaca pela modernidade. Não há esteiras. Com o uso de sensores, carros individuais chamados “Auto Guided Vehicles” fazem uma leitura do processo de produção e cada chassi é montado separadamente em cima de cada um desses carrinhos. O método permite maior eficácia na produção no caso de alguma falha na montagem ou na necessidade de expansão da produção, já que nesses casos não é necessário paralisar a linha inteira.












Tudo é muito limpo e claro, não há estoques e sobra espaço para futuras expansões. Os componentes chegam “puxados” por sistema computadorizado de pedidos, “just in time” e “just in sequence”, no momento certo e na quantidade/especificação exatas. As peças chegam às linhas de maneira sequenciada em bandejas para o operador, o que evita perda de tempo ou erros na escolha do componente a montar. Juiz de Fora é a primeira fábrica de caminhões do mundo a usar AGVs (sigla de Automated Guided Vehicles) em quase todo o trajeto da linha de montagem final. São 36 carrinhos-robôs elétricos que se autoconduzem por indução magnética, guiados por uma trilha no chão – e se alguém passar na frente param automaticamente. Os AGVs rodam dentro dos canais de produção levando chassis e cabines, substituindo com enormes vantagens produtivas as tradicionais esteiras rolantes ou teleféricos. Na linha de arrasto, quando há algum problema é preciso parar tudo até resolver. Com o AGV, basta puxar a peça para fora e o resto continua fluindo.
 Outra inovação está no controle de qualidade. As auditorias são realizadas em três pontos durante a montagem, antes da inspeção final. “Com isso, os erros não passam adiante, quando fica mais difícil fazer correções com o veículo já montado inteiro. Se precisar tiramos o AGV da linha. Aqui as unidades têm de chegar perfeitas ao fim da linha, sem necessidade de mandar para um ponto de reparo. Em toda a extensão dos canais de montagem, telas informam em tempo real o volume produzido, a meta para o dia e a situação naquela hora. Também são informadas as metas de qualidade em contraste com os resultados das auditorias para cada modelo em tempo real, na forma de defeitos críticos encontrados por veículo pronto, atualmente os números são sempre inferiores a um por unidade.
Existem ainda poucos fabricantes de autopeças conectados à produção de Juiz de Fora, mas desde o primeiro dia da operação a Mercedes-Benz tratou de trazer para os galpões , dentro do terreno da fábrica, três fornecedores estratégicos para a montagem de caminhões: a Maxion, que faz a junção das longarinas no local e entrega as estruturas dos chassis prontas para montagem; a Seeber, que pinta peças plásticas; e a Randon, que executa a pré-montagem de agregados (como pedaleiras e radiadores, por exemplo). Também aqui há muito espaço para ampliações e outros parceiros, pois os três ocupam só metade da área de 36 mil metros quadrados dos dois galpões.  Linsmayer,vice-presidente de operações no Brasil e COO da Daimler América Latina, afirma que a estratégia é manter a manufatura 100% sob responsabilidade da Mercedes-Benz. “É nosso core business, assegura nossa qualidade, é um diferencial para a marca”, enfatiza – é a antítese do sistema modular adotado pela Volkswagen Caminhões e Ônibus (hoje MAN Latin America), no qual os fornecedores participam intimamente da produção dos veículos. Operações de pré-montagem de componentes são compartilhadas com fornecedores (como é o caso dos três instalados na fábrica), mas a Mercedes não abre mão da montagem final. Logística, manutenção e serviços são terceirizados. Antes de começar a operação, durante quase um ano em que a fábrica passou pela conversão, 400 empregados da linha de produção mineira passaram por treinamentos para fazer caminhões em São Bernardo, e 50 foram para Wörth, na Alemanha, onde aprenderam a montar o Actros (leia aqui). Na volta, eles atuaram como multiplicadores de conhecimento.  Hoje Juiz de Fora conta com 900 funcionários, trabalhando em um só turno. Este número já chegou a 1,5 mil quando o Classe A era feito lá, em ritmo sempre muito abaixo da capacidade instalada. A empresa prefere não adiantar suas necessidades de contratações futuras, mas a placa de “admite-se” pode em breve ser colocada outra vez na porta da fábrica, que tem potencial para empregar mais de 2 mil pessoas se produzir em capacidade máxima de 50 mil unidades/ano – e algumas centenas mais em caso de expansão.
Fonte: