quinta-feira, 30 de abril de 2009

Bovespa maior alta mensal desde fevereiro de 2005


A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) subiu 0,13% nesta quinta-feira, aos 47.289,53 pontos. Durante o dia, chegou a subir quase 2% e ultrapassar os 48 mil pontos, mas após o anúncio de concordata da Chrysler, reduziu o ritmo de alta. Ainda assim, o índice atingiu a oitava semana seguida de valorização, com ganho acumulado de 15,55% no mês de abril, o maior desde fevereiro de 2005.
A cotação do dólar comercial caiu 5,91% em abril, maior queda mensal desde setembro de 2007, e fechou em R$ 2,182 na venda. Nesta quinta-feira, a moeda americana subiu 0,51%. No quadrimestre, acumulou uma desvalorização de 6,47%.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 28 de abril de 2009

Análise de Pareto

Análise de pareto é uma abordagem estatística que permite, através de uma representação gráfica específica, a identificação dos aspectos relevantes relacionados à qualidade. No final do século passado (1897) VILFREDO PARETO, um economista italiano, realizou estudos e desenvolveu modelos para descrever a distribuição desigual das riquezas. Ele chegou a conclusão de que 20% da população (poucos, mas vitais) ficava com 80% da renda, enquanto que os outros 80% da população (muitos, mas triviais) detinham apenas 20%, como mostra a Figura 1. Essa assertiva ficou conhecida como Princípio de Pareto.



A partir dos anos 20, Juran começou a observar que os defeitos dos produtos apresentavam freqüências desiguais de ocorrências. Mais tarde, fez aplicações nas quais o princípio dos "poucos, mas vitais & muitos, mas triviais" se mostrava adequado à análise dos processos gerenciais de produção. Juran demonstrou que a maior parte das não conformidades, e os custos a ela associados, têm origem num número pequeno de causas (poucas, mas vitais).
Alguns exemplos do princípio de pareto: Existem muitos na vida real.
-20% do tempo despendido produz 80% dos resultados;
-80% de suas ligações telefônicas são para 20% dos nomes em sua lista;
-20% das ruas concentra 80% do tráfico;
-80% dos pratos pedidos em um restaurante são provenientes de 20% do menu;
-20% do jornal contêm 80% das notícias;
-80% das novidades estão nos primeiros 20% de um artigo;
-20% da casa concentra 80% da sujeira;
-20% das pessoas causam 80% dos problemas;
-20% das opções de um aplicativo são usados 80% das vezes.

Esses tipos de observações de Pareto não são necessariamente boas ou más. Por exemplo, se somente 20% das ruas em uma cidade concentram 80% do tráfego, o pessoal responsável pelo tráfego pode concentrar seus esforços em uma quantidade pequena de ruas; mas isso deve ser ruim para a parcela da população que dirige em ruas congestionadas. Algumas observações de Pareto podem levar ao desenvolvimento de estratégias; os responsáveis pelo tráfego podem tentar deslocar a população dessas ruas congestionadas ou a própria população pode mudar por vontade própria.
O mais importante é que ao observar essas desproporções há a possibilidade de atuar em algumas delas.
Quando aplicar a análise de Pareto, associe as não conformidades aos seus custos, nem sempre a causa que provoca grande quantidade de não conformidade, mas cujo custo de reparo seja pequeno, será aquela a ser priorizada. Numa análise mais abrangente, é possível identificar causas cujo efeito se traduzem em poucas não conformidades, mas de custo altíssimo, associada a danos, reparos ou risco. Por exemplo, a causa que tenha provocado rasgos em trinta assentos de passageiros não deve merecer atenção maior que aquela que provocou uma única trinca no trem de pouso de um avião.
A Análise de Pareto pode ser utilizada nas seguintes situações, dentre outras:

1.Definição de Projetos de Melhoria; Identificação das Fontes de Custo e das Principais Causas de Problemas que afetam um Processo;
2.Análises de Custos de Projetos; Identificação da Distribuição de Recursos por Projetos e das Áreas Prioritárias para Investimento.

Fonte: Administração da Produção

segunda-feira, 27 de abril de 2009

46960 Pontos


Faltou pouco, apenas 40 pontos, para que o Índice Bovespa fechasse a semana acima de 47 mil pontos. Se a média do mercado tivesse rompido esse valor, haveria motivos de sobra para esticar a sexta-feira com uma comemoração: seria o melhor fechamento desde agosto do ano passado.

A confirmar-se o fechamento preliminar a 46 800 pontos, a valorização da Bolsa brasileira superou 24% no ano, o que a torna um dos mercados mais dinâmicos do mundo, com um desempenho muito acima do mercado americano. Só para comparar, o Índice Standard & Poor’s de 500 ações ainda amarga uma baixa de 5% e o Dow Jones, mais concentrado em empresas industriais, está recuando cerca de 10% no acumulado do ano.

Como explicar o bom desempenho da Bolsa brasileira, se os números da economia são ruins? Fácil: está entrando dinheiro rapidamente no mercado. Até o dia 23 de abril, os investidores internacionais colocaram mais de 4 bilhões de reais na Bolsa este ano. O fluxo de dinheiro se tornou mais intenso nas últimas semanas de abril.

O interesse dos investidores internacionais decorre de dois fatores. O primeiro é que o Brasil não está bem, mas está melhor que os Estados Unidos e a Europa. Graças à irresponsabilidade do governo, que está abrindo generosamente a carteira, a economia por aqui está melhor do que a internacional. Os gastos públicos vêm servindo como um potente anestésico contra as piores dores da economia. Isso atrai dinheiro.

O segundo é que, surpreendentemente, ainda há dinheiro para ser atraído. Os inúmeros pacotes de ajuda governamental preparados por norte-americanos, ingleses, alemães e franceses, entre outros, foram além de meros encontros de contas e emissão de dinheiro virtual. Em maior ou menor escala, em algum momento houve a injeção de dinheiro de verdade na economia, e esse dinheiro funciona como capital globalizado, ou seja, percorre o mundo à procura de bons negócios.

Até quando esse movimento de alta, que tem surpreendido os gestores de recursos, vai continuar? Simples: enquanto durar a convicção dos investidores internacionais de que o mercado brasileiro vai continuar sendo uma boa alternativa de investimento.

Não dá para cravar que as empresas brasileiras serão assustadoramente lucrativas em 2009. Ao contrário, o que se vê são companhias divulgando quedas no faturamento ou baixas nos lucros, por terem optado por sacrificar margens para manter mercados. Por isso, enquanto a imprensa não começar a noticiar um aumento dos investimentos estrangeiros diretos, mostrando compras de empresas ou abertura de novas fábricas por aqui, a alta da bolsa deverá ser de curta duração.

Fonte: Cláudio Gradilone

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Budget e Forecast


Dois termos que são muito usados hoje em dia são o budget e o forecast. Budget nada mais é do que um orçamento empresarial anual. Antes de iniciar o ano a empresa analisa os fatores econômicos, mercado, capacidade de produção e define qual o volume de vendas previsto. Com base neste volume de vendas a empresa orça todos os custos e despesas elaborando um plano de contas. Forecast é a avaliação que a empresa faz a cada mês, comparando o budget com a posição real de momento, afim de encontrar divergências e buscar revisões. O forecast nada mais é do que o budget ajustado.

Por exemplo, a empresa orça R$ 1.000,00 de despesa com vendas mês a mês, totalizando um budget de R$ 12.000,00 anual. Porém, nos dois primeiros meses, a empresa verifica que gastou R$ 1.500,00 em cada mês. A empresa deve então ajustar os saldos dos próximos meses para que ela se iguale ao que ela tinha orçado antes. Se fizer isso, terá como forecast R$ 1.500,00 nos dois primeiros meses e R$ 900,00 nos meses restantes.

Budget e forecast são, em geral, usados em planilhas de excel ou sistemas integrados e são apresentados por períodos. Estes conceitos também relacionam-se com os processos de logística, sendo importante a sua elaboração para que não se produza mais do que irá vender.

Fonte: fóruns de discussão e materiais de economia

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Mercado da Bioenergia


Os brasileiros acostumaram-se a ouvir que o desemprego crônico que atinge 10 milhões de trabalhadores no país seria solucionado de maneira quase mágica com a retomada do desenvolvimento. O próprio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pedra fundamental do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, repousa sobre essa crença. Apesar de lógico -- pois não há criação de emprego sem pujança econômica --, o raciocínio representa uma meia verdade, como tem ficado claro nos últimos meses. Desde meados do ano passado, o país deixou para trás o ritmo moroso na economia que perdurou nas últimas décadas -- de cerca de 2,5% de crescimento anual -- e transitou para um patamar de expansão próximo a 4%. Para a surpresa de muitos, o desemprego nesse período aumentou, não o contrário. Não é que novas vagas não tenham sido criadas. O problema, alertam os economistas, é a falta de gente com capacitação para preenchê-las. O recente surto de expansão de alguns setores da economia ilustra esse descompasso. Quase 1 milhão de vagas estão sendo abertas nas usinas de açúcar e de álcool, na indústria do petróleo, na construção civil e no mercado financeiro -- só para citar alguns setores mais dinâmicos. Mas empresas dessas áreas têm tido dificuldade crescente para ocupá-las. "O Brasil vive uma situação surrealista: o país atrai dinheiro à vontade para investir nos mais diversos setores, mas falta mão-de-obra para trabalhar nos novos projetos", diz o francês Patrick Funaro, gestor de recursos de um fundo de 1 bilhão de dólares voltado para a bioenergia.

Parte do problema decorre de uma mudança qualitativa na economia brasileira. O fato é que o nível de exigência das empresas cresceu. Muitas delas estão se modernizando para competir em escala global e a busca por profissionais mais sofisticados tornou-se parte essencial do processo. No interior do país, o retrato dessa realidade em mutação pode ser visto na indústria canavieira. Estima-se que o setor irá contratar nos próximos cinco anos cerca de 300 000 trabalhadores. Diferentemente do que ocorria no passado, a maioria não vai empunhar facões para cortar a cana. Com a crescente mecanização da cultura e a informatização dos processos industriais, as usinas exigem pessoal cada vez mais especializado. Quem está abrindo unidades nas novas fronteiras agrícolas enfrenta um desafio -- treinar milhares de profissionais a toque de caixa. É o caso da Adecoagro, empresa de agronegócio que tem entre seus sócios o investidor húngaro George Soros. Na primeira semana de junho, Soros esteve no Brasil e anunciou que a Adecoagro investirá quase 1 bilhão de dólares na construção de três novas usinas em Mato Grosso do Sul. Para evitar danos ao meio ambiente, o projeto prevê a mecanização de toda a produção. Ainda assim, será preciso contratar mais de 5 000 funcionários. Como a mão-de-obra é escassa no Centro-Oeste, a empresa tem pela frente o desafio de buscar trabalhadores em outras regiões, treiná-los e fixá-los no cerrado -- tudo isso em apenas três anos. "Há milhares de brasileiros que precisam de um emprego", disse Soros a EXAME. "Nosso investimento terá de incluir o treinamento dessas pessoas."

No interior de São Paulo, usinas em expansão lutam para preservar a mão-de-obra que já têm, hoje na mira das demais empresas do setor. Por ora, a alternativa tem sido promover os funcionários com experiência e colocar estudantes e recém-formados em postos de menor responsabilidade. "Se não fosse assim, teríamos de reduzir o ritmo de crescimento", diz Carlos Dinucci, diretor da usina São Manoel, localizada na cidade de São Manuel, no interior paulista. "Nunca nossos trabalhadores foram tão assediados." A dança das cadeiras favorece profissionais de todos os níveis. Há seis meses, André Aparecido Grigolatto, cortador de cana acostumado a migrar constantemente em busca de melhores salários, foi treinado para ocupar o posto de operador de máquina na São Manoel. "Ganhei uma oportunidade de mudar de vida", afirma Grigolatto. Na mesma época, Marcos Antonio Risseti, químico com pós-graduação na área financeira, com 27 anos de casa, foi promovido a gerente da área industrial. "Nos últimos 12 meses, recebi três propostas de troca de emprego", diz Risseti. Ele preferiu ficar na São Manoel -- com 50% mais de salário. Para dobrar a produção, a usina já contratou 1 000 funcionários nos últimos dois anos, mas tem encontrado dificuldade crescente para selecionar outros 500. "Hoje, em quase todos os níveis, está complicado encontrar bons profissionais preparados para trabalhar", afirma Dinucci.

Fonte: Exame

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tecnologia HDMI



HDMI, ou High Definition Multimedia Interface, é um novo tipo de conector de áudio e vídeo que deve substituir os conectores atuais de aparelhos de TV, monitores de vídeo e DVDs. Uma tecnologia revolucionária que serve para simplificar as conexões e aumentar a performance de áudio e vídeo. Uma das principais funções do HDMI é substituir os cabos e conectores que fazem as ligações de áudio e vídeo entre uma TV e um aparelho de DVD, por exemplo, por apenas um cabo conector, acabando com a confusão e a bagunça e aumentando a performance dos aparelhos. Os leitores de DVD convencionais possuem saídas analógicas de vídeo, que limitam a resposta em freqüência e introduzem erros que degradam a imagem. A maior vantagem desse novo padrão é que a conexão, tanto de áudio quanto de vídeo, é feita digitalmente, apresentando a melhor qualidade possível de áudio e vídeo
O HDMI foi desenvolvido para ser utilizado em aparelhos eletrônicos como DVD, vídeoprojetores e TVs de plasma e LCD. O DVI foi desenvolvido para ser usado em PCs. Veja a seguir outras diferenças:
-O HDMI suporta resoluções maiores do que o DVI inclusive as resoluções altas usadas atualmente por aparelhos de TV de alta definição, inclusive nos proximos aparelhos a serem utilizados pela TV de alta definição HDTV em breve no BRASIL
- O DVI só faz conexão de vídeo, a conexão de áudio precisa ser feita através de um cabo separado, enquanto o HDMI faz a conexão tanto do vídeo quanto do áudio;
- O conector HDMI é bem menor e mais discreto que o conector DVI;
- O HDMI é compatível com o DVI. Ou seja, é possível conectar um aparelho com um conector HDMI a outro contendo um conector DVI, desde que se utilize um cabo com um conector HDMI em uma ponta e um DVI na outra.

domingo, 19 de abril de 2009

O Futuro Incerto das Montadoras Automotivas


As empresas do setor automotivo após a crise não serão as mesmas, terão que repensar o seu negócio e principalmente se adequar as novas tendências mundiais. Dentre as principais tendências : carros compactos, combustíveis menos poluentes, utilização de novos tipos de materiais, e principalmente preços competitivos. Algumas empresas estarão realizando o `joint venturi`, para tentar sair da crise entre elas a Chrysler, e a GM com a FIAT. Empresas, que a pouco tempo eram Top no ranking das maiores empresas montadoras automotivas mundiais ,dentre elas a GM, estão amargando um declínio e torcendo pela sua sobrevivência. Em 2008, a Toyota passou a GM como maior produtora de automóveis, mais recentemente em 2009 a Volkswagen está brigando por esta posição.
As empresas que a pouco tempo eram sinônimo de baixa qualidade como a Hyundai, vem se destacando com seus modelos de alta qualidade, e ganhando o mercado consumidor. A empresa Tata Motors, empresa indiana utilizando de um conceito de carro pequeno, que em alguns momentos lembra o conceito do carro da Gurgel Motors, levando em consideração as distintas épocas, lançou em 2008 o carro Nano (foto), com 3,1 m de comprimento, 1,5 m de largura e 1,6 m de altura, o Nano tem motor traseiro de dois cilindros, todo de alumínio, com 623 cm³ e 33 cv, o que pode parecer bem pouco, mas não é, considerando o tamanho do modelo.
O idealizador do carro Nano, Ratan N. Tata, fez das suas observações e das necessidades do povo indiano a idealização do carro: “Eu observava famílias inteiras andando de moto. O pai dirigia a motoneta, seu filho mais jovem ficava diante dele e a esposa atrás, carregando um bebê no colo. Isso me levou a pensar se não seria possível conceber um carro seguro, acessível e que protegesse em qualquer clima para uma família assim. Os engenheiros e projetistas da Tata Motors fizeram o melhor que puderam nos últimos quatro anos para que chegássemos lá. Hoje, de fato, temos um Carro do Povo, que é acessível e ainda assim construído para atender aos requerimentos de segurança e às normas de emissões, muito econômico e ambientalmente correto. Estamos felizes em apresentar o Carro do Povo para a Índia e esperamos que ele traga a muitas famílias a alegria, o orgulho e a utilidade de possuir um carro”, disse o presidente da fabricante indiana. O carro terá um valor de uS$2.500 na Índia.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Toyota - Novas Tendências


A Toyota exibiu o menor carro do mundo, o Toyota IQ que tem capacidade para quatro pessoas. O Toyota IQ foi exibido no Salão de automóveis de Paris.

O carro possui banco aconchegante com boa altura, ajudando na visibilidade. Além do bom espaço na parte da frente. Porém, o espaço para os passageiros é muito pequeno.

O veículo também chamou atenção em relação a segurança, visto que em caso de batidas, todos estariam perto demais dos bancos e da estrutura dianteira, inclusive, parte do motor avança por detrás do painel. Fato que levou a Toyota colocar nove airbags no carro, até mesmo no vidro traseiro, além de freios ABS e sistema de estabilidade EBD.

O IQ possui motorizações de 1.0, três cilindros de 68 cavalos, com velocidade máxima de 150 km/h, e de 1.4, de quatro cilindros e 90 cavalos, chegando a velocidade de 170 km/h. Ambos possuem emissões de CO2 entre 99 e 104 g/km no ciclo misto (urbano e estrada).

Fonte:Automotor

Sistema Toyota de Produção







O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da globalização do capitalismo na década de 1980. Surgiu na fábrica da Toyota no Japão após a II Guerra Mundial, e foi elaborado por Tiichi Ohno mas só a partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.

O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente do dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização. O sistema pode ser teóricamente caracterizado por quatro aspectos:

1. mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez.
2. processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
3. Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.
4. Sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado.

Foto: Linha de Montagem Toyota

O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.

A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte-americano. Com o choque do petróleo e a consequente queda no padrão de consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante, perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos para melhor atendimento dos consumidores.


Fonte: Diversos Adm. da Produção

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Confiabilidade e Prevenção de Falhas em Produtos.

Tradicionalmente no processo de comercialização de bens e serviços, tem sido utilizada a instituição da Garantia, durante um determinado período de tempo. A Garantia tem um efeito de marketing, frequentemente utilizado pelos fabricantes. “Garantimos nosso produto até a copa do mundo de 2014”, marketing utilizado por uma empresa de televisores. Durante o período da Garantia o fornecedor ou fabricante, compromete-se a consertar ou substituir, total ou parcialmente o produto, ou seus componentes que apresentem defeitos operacionais ou construtivos sem ônus para o usuário.
Embora esse compromisso represente uma tranqüilidade para o cliente, o fato de não
dispor do produto durante o período de conserto do mesmo, ou ficar sem ele com demasiada freqüência, representa no mínimo um motivo para perda de satisfação para com o fornecedor do bem ou serviço.
Em outras ocasiões o produto é utilizado em lugares remotos ou em condições muito
críticas. Nesses casos o interesse maior do cliente é que o produto não falhe e a garantia passa a ter uma relevância secundária.
Por estes e outros motivos é desejável colocar no mercado um produto ou serviço que
não apresente defeitos, ou seja, sem falhas, até onde isso possa ser possível. Cada vez mais o cliente espera um produto confiável e com o nível de desempenho especificado.

- Confiabilidade
A definição de Confiabilidade, abrangentemente, é associada em dependência do
funcionamento desejado do sistema, ou seja: isento de falhas durante a sua vida útil.Para efeito de análise em engenharia, por outro lado, é necessário definir confiabilidade quantitativamente em termos de probabilidade. Então, confiabilidade pode ser definida como a probabilidade que um sistema irá executar a função desejada por um perído de tempo determinado, sobre condições determinadas.

– Prevenção de falhas
Para se conseguir a confiabilidade exigida nos produtos, devemos adotar algumas ações preventivas, de forma a garantir que as falhas não ocorram.
A NASA, aplicou várias metodologias de prevenção de falhas na construção de suas espaçonaves e posteriormente as industrias vem adotando nas últimas décadas inúmeros métodos para realizar a prevenção do aparecimento de falhas em seus produtos. As primeiras industrias a utilizarem esses métodos foram as automobilísticas e de aparelhos eletrônicos, sendo posteriormente adotados por outros ramos da industria e da prestação de serviços.
Entre os métodos para a prevenção dessa falhas podemos destacar algumas metodologias que são amplamente empregadas no cotidiano:
•FMEA de projeto (Análise dos Modos e Efeitos da Falhas)
•Design Review
•SET (Times de Engenharia Simultânea)
•Auditorias de Sistemas
•Auditorias de processo

– Análise de Falhas
Mesmo com todos os cuidados e metodos utilizados na prevenção dos problemas desde o projeto até o processo de fabricação dos produtos, os problemas ocorrem. E essa ocorrência em geral está relacionada ao desempenho dos processos de fabricação e de seus parâmetros.
Quando os problemas ocorrem torna-se necessária então que os mesmos sejam
resolvidos, com a maior eficácia e no menor espaço de tempo possível, de forma a diminuir os custos envolvidos na garantia do produto ou serviço.
As empresas vem desenvolvendo e aplicando inúmeras técnicas para a solução dos
problemas surgidos. Dentre essas técnicas, destaca-se a conhecida a ferramenta chamada de MSP – Método de Solução de Problemas.