sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Vá ao Gemba!

Longe de ser uma volta no chão de fábrica, ‘gemba’ representa o local onde as coisas acontecem

 Fonte: IMAN Consultoria
 O termo “gemba” na comunidade lean passou de obscuro a onipresente e tornou-se tão popular quanto o ‘kaizen’. Mas com o aumento de seu uso também houve um aumento do seu uso indevido. Como fazê-lo funcionar? Gemba significa “o verdadeiro lugar” e é destinado a levá-lo até o local onde algo realmente está acontecendo, seja Vá ao Gemba! Longe de ser uma volta no chão de fábrica, ‘gemba’ representa o local onde as coisas acontecem uma notícia, um evento esportivo ou um chão de fábrica. Seu uso aumentou, incluindo uma abordagem mais abrangente. Exige uma curiosidade profunda para saber o que realmente está acontecendo, não o que você suponha que esteja acontecendo ou que ouviu estar acontecendo. Em segundo lugar, isso implica em uma habilidade de observação direta de como o serviço é executado. O objetivo dos comportamentos de ‘gemba’ é entender a realidade atual de uma situação mais claramente. Em terceiro lugar, ele demonstra um princípio de respeito pelas pessoas. É por isso que você vai até onde o serviço é executado e envolve as pessoas diretamente, sem pressupor que esteja sabendo a resposta à distância. Eis quatro medidas que você poderá adotar para ir a gemba com mais sucesso:

  O gemba é onde quer que a atividade seja executada e que você esteja tentando saber e entender.      Descubra o ponto de atividade: este é o seu gemba


1. Identifique a sua finalidade: com muita frequência as pessoas saem para observar sem uma finalidade. É o chamado “management by walking around”, que significa “gerenciamento dando uma volta pela empresa”. Mas sem uma finalidade, isso acaba sendo um passeio, ou “gerenciamento perambulando sem objetivos”. Por que observar? O que você está tentando saber indo para o gemba? Se não conseguir responder a estas perguntas, então nem comece.

2. Conheça o seu ‘gemba’: algumas pessoas se referem ao ‘gemba’ como o chão de fábrica, como se fossem sinônimos. Isso é verdade se o problema estiver relacionado ao chão de fábrica. E não há dúvida que os gestores devem passar mais tempo lá entendendo o que está acontecendo. Mas este não é o único ‘gemba’. Existem problemas que exigem observação na sala da diretoria, no cliente, nas docas de embarque ou na sala de controle. O gemba é onde quer que a atividade seja executada e que você esteja tentando saber e entender. Descubra o ponto de atividade: este é o seu gemba.

3. Observe com uma estrutura: existe uma diferença entre olhar ao redor e observar. A principal diferença vem da estrutura através da qual você observa. Você apenas vê o que está superficialmente? Você vê os equipamentos, as pessoas e os materiais? Você tem uma estrutura que lhe ajuda

a digerir, analisar e comunicar o que está observando? Temos que usar uma lente e uma linguagem de olhar o trabalho realizado como atividades, conexões e fluxos. Seja na sala da diretoria ou no chão de fábrica, todo o trabalho é composto destes componentes. 

4. Valide o que você vê: a coisa mais fácil a fazer é pressupor que o que vemos é uma representação verdadeira da realidade. Entretanto, em geral existem muitas coisas que não podem ser vistas superficialmente. Elas podem incluir decisões tomadas durante o processo na cabeça das pessoas, anormalidades que foram reconhecidas porque não sabíamos a norma ou as variações de uma pessoa para outra que nós não observamos. Uma vez capturadas as suas observações, é melhor testar e confirmar as suas conclusões com quem está realizando o trabalho. Estas não são as únicas informações, porém são uma forma de entender se você tem um bom controle sobre a realidade atual. Ir ao gemba tornou-se conhecido pelo simples motivo de que é poderosamente eficaz. Mas há mais coisas nele do que o simples fato de você se levantar da cadeira e caminhar. 

José Maurício Banzato é diretor do Grupo IMAM 

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