sábado, 20 de agosto de 2011

AOC e Philips



A fabricante holandesa de eletrônicos Philips anunciou na segunda-feira (18/4) que vai se desfazer de sua divisão de TVs, transferindo-a para uma joint venture criada com a fabricante chinesa TPV Technology, detentora da marca AOC. A TPV terá o controle de 70% da nova empresa. A Philips será dona dos 30% restantes.

"A parceria vai ajudar a criar a escala e o foco necessário para que nosso negócio de TV volte a ter lucro", afirmou o CEO da Philips, Frans van Houten, em comunicado. "Estamos comprometidos a manter as TVs Philips no mercado por meio desta associação." A joint venture será responsável pelo projeto, manufatura, distribuição, marketing e vendas das TVs Philips em todo o mundo - incluindo a Europa -, com exceção da China, Índia, Estados Unidos, Canadá, México e alguns países da América do Sul.

No Brasil, a TPV mantém escritório em São Paulo e duas fábricas, uma em Jundiaí (SP) e outra em Manaus (AM).
A Philips, por sua vez, chegou a criar em 1999 uma joint venture no Brasil com a LG para produção de TVs. Em 2007, a empresa fechou quatro fábricas que produziam tubos de imagem. Como parte do acordo, a Philips permitirá o uso de sua marca, mediante a obediência a certos padrões de qualidade e atendimento ao cliente. Em troca, receberá royalties com base na receita. Inicialmente, a nova empresa terá direito a usar a marca por cinco anos.

A decisão marca uma mudança de estratégia desde que o novo CEO, Frans van Houten, assumiu o cargo em 1.º de abril. Antes dele, o ex-CEO Gerard Kleisterlee havia manifestado sua intenção de manter o negócio de TVs na Europa - outras operações ao redor do mundo já tinham sido licenciadas.

Com sede em Hong Kong, a TPV Technology é mais conhecida pelos monitores e TVs comercializados com a marca AOC. Em 2005, a empresa já tinha comprado duas fábricas da Philips na China e, em 2009, assumiu os negócios globais de monitores para PC da Philips. Em 2010, as vendas do negócio de TVs da Philips alcançaram 3 bilhões de euros (6,8 bilhões de reais). A assinatura definitiva do acordo deverá ocorrer ainda em 2011, informaram as empresas.


A PHILIPS foi fundada em 1891 pelo engenheiro mecânico Gerard Philips e seu pai, Anton, que estabeleceu a empresa Philips & Company na cidade de Eindhoven na Holanda, para fabricação de filamentos de carbono para lâmpadas incandescentes para atender à demanda crescente, que se seguiu à comercialização da eletricidade. Inicialmente a empresa produzia lâmpadas com filamentos de carbono em uma pequena fábrica e já na virada do século era a maior produtora da Europa. Em 1910, com 2 mil funcionários, a empresa era a maior empregadora única da Holanda. Antes da Primeira Guerra Mundial, esse mercado estava concentrado nos Estados Unidos, França e Bélgica. O desenvolvimento das novas tecnologias de iluminação incentivaram um programa de expansão regular, e, em 1914 a empresa criou um laboratório de pesquisa destinado a estudar fenômenos físicos e químicos e a estimular a inovação dos produtos.

A PHILIPS introduziu o Raio-X em 1918 e esteve envolvida nas primeiras experiências de recepção/transmissão de sinais de televisão em 1925. Ainda nesta década houve uma grande explosão no número de empresas neste segmento. Foi então que a PHILIPS começou a proteger suas invenções com patentes nas áreas de radiação e recepção de rádio, marcando a era da diversificação de produtos dentro da empresa. Em 1927, começou a produzir rádios, que fora apresentado meses antes em uma feira de eletrônicos na cidade holandesa de Utrecht.
O sucesso do produto foi tanto que até 1932 a PHILIPS tinha vendido 1 milhão de aparelhos no mundo. Um ano depois começou a produzir aparelhos de Raio-X nos Estados Unidos. Nas décadas de 40 e 50, a ciência e a tecnologia tiveram um desenvolvimento rápido, com a PHILIPS inventando a cabeça rotatora que levou ao desenvolvimento do barbeador Philishave, um dos produtos de maior sucesso da marca holandesa. Na década de 60 a empresa fez grandes avanços com CCD (charge-coupled Device) e LOCOS (Local Oxidation of Silicon), tendo ainda grande contribuição nos avanços de gravação, transmissão e reprodução de imagens na televisão.


Em 1970, estudos criaram novas tecnologias para lâmpadas como a PL e a SL Energy. Outro desenvolvimento foi na produção, armazenamento e transmissão de imagem, som e data, onde o centro de pesquisa da empresa fez grandes avanços que resultaram na invenção da leitura ótica laser para discos, discos compactos e sistemas de telecomunicações. Esta década ainda foi marcada por inúmeras aquisições, o que levou a um enorme crescimento da empresa. Primeiro, começou com a fundação da gravadora Polygram em 1972. Depois, em 1974 e em 1975 a empresa fez importantes aquisições nos Estados Unidos, comprando respectivamente a Magnavox e a Signetics. Em 1981 foi a vez dos negócios com aparelhos de TV da GTE Sylvania serem incorporados pela empresa. Dois anos depois, as atividades de iluminação da Westinghouse foram adquiridas. Ao longo desta década, continuaram a ser apresentados novos produtos e idéias de grande relevância. A pesquisa na área da iluminação contribuiu para o aparecimento das novas lâmpadas PL e SL, que se destacam pela economia de energia. Ao mesmo tempo, o Philips Research lançou outras importantes novidades no processamento, armazenamento e transmissão de imagens, som e dados. Isso levou às invenções do disco óptico LaserVision, do CD (Compact Disc) e dos sistemas ópticos de telecomunicações.

Ao mesmo tempo em que o CD foi lançado mundialmente em 1983, a PHILIPS atingia a marca de 100 milhões de aparelhos de TV fabricados no mundo. A década de 90 trouxe alterações significativas para a PHILIPS. A empresa colocou em prática um importante programa de reestruturação, com o objetivo de reconquistar uma posição forte no mercado. Para estabelecer uma presença global consistente, em 1995 a PHILIPS apresentou sua primeira campanha global com o slogan “Let’s make things better”. Em 1997, em cooperação com diversas outras empresas – e apoiada no sucesso da tecnologia do CD, inventado pela PHILIPS e lançado em conjunto com a Sony, apresentou o produto eletroeletrônico de crescimento mais rápido no mercado: o DVD. À medida que avançou o novo milênio, a PHILIPS esteve na vanguarda da revolução digital, introduzindo produtos do mais alto nível que ajudaram a melhorar a vida de milhões de pessoas.

A empresa, que no decorrer de sua história facilitou a vida de milhares de pessoas, adotou oficialmente, em 1999, o complicado nome de Koninklijke Philips Electronics NV (Royal Philips Electronics). No ano seguinte com a aquisição da Optiva Corporation a empresa ingressou no mercado de higiene oral com a produção de escovas de dente elétricas. O total sucesso da marca no cotidiano de milhões de pessoas pode ser comporvado em 2008, quando a PHILIPS vendeu sua milionésima centrífuga de frutas e vegetais. Hoje em dia a PHILIPS continua inovando, um exemplo disso é o WakeUp Light, um estimulador luminoso inovador que desperta o corpo suavemente nas primeiras horas das manhãs de inverno, garantindo uma sensação de relaxamento e bem-estar. Além disso, o design de produtos com consciência ecológica, como as lâmpadas que economizam energia usadas na Torre Eiffel, é parte do objetivo da empresa de criar soluções de iluminação sustentáveis e um caminho mais amplo para uma qualidade de vida melhor em todo o mundo.

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Fonte: IDG Now
Mundo das Marcas

2 comentários:

  1. Tudo isso pra dizer que as tvs philips agora são chinesas e que são 70 % donos do negocio.

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