Coca-Cola PET: Resina Reciclada (bottle to bottle)

    A Coca-Cola Brasil anunciou recentemente o lançamento da garrafa "bottle to bottle", produzida com 20% de resina de PET reciclado.

    Com a nova embalagem, que reduz a quantidade de PET tradicional  (virgem) de 100% para 80%, a empresa espera economizar até cinco mil  toneladas de PET virgem até o fim do ano. De acordo com Rino Abbondi,  vice-presidente de Técnica e Logística da Coca-Cola Brasil, a previsão é  de que até 2014 todas as embalagens PET do portfolio da Coca-Cola sejam  fabricados com a tecnologia, fazendo com que esta economia chegue a 60  mil toneladas por ano.

   A nova garrafa começará a ser comercializada ainda neste mês,  inicialmente nas embalagens de Coca-Cola de 2,5 litros, pelo fabricante  Spaipa, que atua no Paraná e em parte de São Paulo. No ano passado, a Coca-Cola Brasil já havia lançado a PlantBottle na América Latina, garrafa PET com origem vegetal.   

   Em julho deste ano, a bebida 7UP, da PepsiCo, lançou no Canadá sua embalagem EcoGreen, primeira garrafa feita a partir de PET totalmente reciclado a ser comercializada na América do Norte.

   A quantidade de desperdicio para se fabricar uma garrafa PET é muito grande, a preparação do equipamento de extrusão, gera muitos residuos e no caso do PET que e um material higroscópico (tendência para absorver a umidade do ar), que necessita de cuidados especiais referente a umidade do ambiente, no processo é utilizado um secador de PET, se o equipamento não estiver bem controlado com seus itens críticos de temperaturas de secagem e tempo pode acarretar sérios problemas, entre eles: quema da resina ou excesso de umidade entre outros problemas no processo e o custo do refugo é muito alto. As empresas envasadoras da Coca-cola, geralmente compram a pré-forma injetada e apenas realizam o processo de sopro em equipamentos específicos que se chamam de sopradoras.

História do PET
 

Formulação do PET

   As garrafas PET são constituídas de Politereftalato de Etileno, que é um polímero termoplástico, formado através da reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, desenvolvido por dois químicos britânicos em 1941 chamados Whinfield e Dickson.

   O PET começou a ser fabricado na década de 70, após uma revisão dos aspectos de segurança  e meio ambiente. Canadá e EUA iniciaram a coleta dessas garrafas no inicio dos anos 80, inicialmente reciclando para fazer enchimento de almofadas, mas com a melhoria da qualidade do PET, iniciaram-se aplicações diferenciadas, como lâminas, tecidos e garrafas para produtos não alimentícios. Aumentando gradativamente as tecnologias, na década de 90, o governo americano liberou o uso deste material para embalagem de alimentos, dentro de algumas normas.

Resina PET

Pré-forma PET

   A Coca-cola tem seus parametros de qualidades referente as especificações das resinas PET, um dos fatores criticos e o do acetaldeido , caso esteja em valores acima do especificado pode-se alterar o sabor dos produtos.

  Com as novas  tecnologias de reciclagem química o PET pode ser despolimerizado, fazendo que se recupere a matéria-prima básicas iniciais, podendo reutilizar essa matéria-prima recuperada, e produzir novamente a resina PET.

  Este é um caminho excelente para a destinação do PET, talvez no futuro seja como o alumínio com o reaproveitamento total.

Fonte:http://exame.abril.com.br/marketing/galerias/embalagens/coca-cola-produzira-garrafas-de-resina-reciclada

http://www.bolsadereciclaveis-sp.com.br/index.php?cat=pagina&id=12